Segundo dados levantados e divulgados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), um inadimplente no Brasil deve, em média, R$ 22 mil.
O mesmo estudo realizado pelo SPC estima que o inadimplente chega a dever para cerca de 3 empresas em simultâneo, e o motivo mais frequente dessas dívidas é o cartão de crédito. É imprescindível pagar o que se deve o quanto antes, evitando o efeito bola de neve, apesar de o cenário não ser um dos mais favoráveis. A recessão financeira que se instaurou no país juntamente com a redução o poder de compra complicou ainda mais a administração das finanças. Para sair da inadimplência, é interessante aprender a renegociar dívidas. Saiba como:
O SPC-Brasil junto da Confederação Nacional de Dirigentes e Lojistas (CNDL) mensurou os principais conflitos diários vividos por quem está com a conta no vermelho. Irritação (47,2%) e mau humor (45,8%) estão no alto do pódio. Em seguida vêm a falta de vontade de enfrentar os ciclos sociais (42,2%), a perda do sono (39,7%), a falta de apetite (24,9%) e — em contraposição à insônia — uma vontade excessiva de dormir (20,6%). Tudo isso acaba sendo prejudicial à saúde. A pesquisa também mostrou que um quarto dos inadimplentes se percebeu desatento e improdutivo no ambiente de trabalho por conta do endividamento.
Para o autônomo que está nesse quadro, o caso é ainda mais grave. A baixa produtividade agravada pelo estresse diminui a capacidade de crescimento de seu pequeno negócio e, portanto, sua capacidade de poder saldar as dívidas. Renegociar, então, pode ser uma boa alternativa.
Qual o tamanho da sua dívida?
Primeiramente, o inadimplente precisa ter uma noção do que deve ao mercado. Caso as dívidas tenham sido contraídas há tempo ou sejam muitas e o consumidor não se recorde com precisão dos números, a solução é buscar os credores e pesquisar o valor do débito. É importante ficar de olho aos juros e taxas cobrados pelo atraso no pagamento. Saber em separado o valor dos juros facilita a visualização da dívida e a negociação, possibilitando que se tenha uma noção precisa do que é necessário pagar. Porém é necessário que se faça uma lista e realize os cálculos.
Como você pode pagar?
Sabemos que é quase impossível quitar todo o saldo negativo de uma só vez. Portanto, a alternativa que cabe no bolso é arcar com a despesa de pouco em pouco, realizando pagamentos mensais. Para entrar isso, é preciso conhecer com exatidão sua capacidade de pagamento mensal, ou acaba correndo o risco de contrair mais dívidas ao tentar se livrar delas.
Quais são as prioridades?
Na hora de escolher qual débito pagar primeiro, porque é preciso definir essa prioridade, é necessário pensar um pouco. É aconselhável quitar antes aquela que gera a maior taxa de juros ou que leve ao corte de serviços, como contas de água ou luz. Depois, escolha pagar a dívida que tem maior valor. Não se afobe e resolva uma por vez, com o tempo, será possível sair do vermelho.
Como negociar?
Após definir qual dívida pagar primeiro, é chegada a hora de levar todos os seus cálculos ao credor. Sabendo o valor exato que você tem disponível para pagamento, você pode iniciar a negociação. Seja claro e mostre todo o panorama de sua situação financeira e o quanto você pode pagar mensalmente. Com uma conversa clara, será possível chegar a um valor e a um número de parcelas mais próximo do ideal de ambos. Só não se comprometa a pagar além de sua capacidade.
Precisa de ajuda?
Se mesmo após a negociação falta dinheiro para pagar as contas, é interessante pedir ajuda. Você pode recorrer ao seu banco e propor uma mudança no financiamento. É possível obter um crédito consignado, ajudando a reduzir os juros anuais da sua despesa. Você também pode contatar o Procon para saber qual a melhor opção. Com o Programa de Apoio do Superendividado, você será orientado para conseguir renegociar dívidas com sucesso. A maioria casos que passam pelo programa terminam com acordos mútuos.
E aí, pronto para sair dessa?