Metaverso: já pensou em investir em imóveis digitais?

Metaverso - Fonte: Pexels

Essa palavra vem ganhando destaque no mercado, com empresas e pessoas investindo milhões e até mesmo comprando “imóveis digitais” e “terras” nesse mundo paralelo. A palavra metaverso tem o significado literal de “além do universo”. Ou seja, é um mundo fictício e digital, onde pessoas podem interagir. Os óculos de realidade aumentada fazem parte dessa tecnologia, e tem sido muito explorado no mundo dos games, com jogos como a Beat Saber. Confira mais sobre essa tecnologia e porque tantas empresas grandes vem investindo nessa realidade paralela.  

O que é o metaverso? 

O metaverso é um conceito utilizado para descrever um mundo virtual 3D conectado, em que o real encontra o virtual por meio de tecnologias como realidade virtual e realidade aumentada, como fones de ouvido de realidade virtual, óculos de realidade aumentada e aplicativos de dispositivos móveis. Assim, pessoas reais podem interagir e se encontrar por meio de avatares nesse mundo digital e explorarem novas áreas e também criarem conteúdo.  

Portanto, no metaverso pode-se socializar, brincar, trabalhar e muito mais. Uma das ideias é que quando a tecnologia estiver bem desenvolvida as pessoas possam entrar em lojas e provar roupas sem sair de casa. Atualmente já existem diversos metaversos, principalmente de jogos, como as plataformas de jogos virtuais do The Sandbox e do Decentraland. Dessa forma, cada vez mais coisas poderão ser compradas, incluindo imóveis, carros, terras, etc.  

Terrenos Virtuais e Imóveis Digitais

As compras realizadas no metaverso são feitas com criptomoedas (Bitcoin, Ethereum, Tether, etc) ou tokens não fungíveis (NFTs). As criptomoedas já são mais estabelecidas no mercado e existem fora do metaverso. Já o NFT é um ativo digital exclusivo, que confere um valor para o que existe dentro do metaverso, portanto itens de arte digital, como vídeos, imagens, músicas e até mesmo imóveis virtuais pode constituir um NFT. Em metaversos, como a OpenSea, ocorrem negociações de NFTs, sendo que já existem lotes de terrenos, casas virtuais e diversos imóveis que podem ser adquiridos.  

Muitos podem se perguntar como algo que não existe tem valor, não é mesmo? Para isso é utilizado o “valor de escassez”, ou seja, para que algo tenha valor a oferta é limitada. No Decentraland existem 90 mil peças ou frações de terreno, de 15 metros quadrados cada. Esse conceito é o mesmo utilizado para as criptomoedas terem valor. No caso, só existem uma quantidade definida de moedas que podem ser geradas, e é justamente esse limite que agrega o valor a elas pela lei da oferta e demanda.  

Essa tecnologia vem ganhando bastante espaço no mercado. Em novembro de 2021, o Grupo Metaverso comprou um terreno no Decentraland no valor de 2.4 milhões, o equivalente a 13 milhões de reais. Porém, assim como ocorre com as criptomoedas esses investimentos são de um risco maior e até mesmo especulativo. Afinal, a volatilidade é muito alta e ainda é uma tecnologia em ascensão.