Elevando a inovação do Design Thinking

design thinking
Design Thinking nas empresas

No cenário em rápida evolução dos negócios e da tecnologia, o papel do design na criação de valor passou por uma profunda transformação. Tradicionalmente, a inovação era impulsionada por recursos, produtos e estratégias de marketing. No entanto, o paradigma mudou para uma abordagem centrada no design, onde a experiência do utilizador ocupa o centro das atenções. O design, na sua verdadeira essência, vai além da estética superficial; abrange a experiência holística do usuário, abordando os aspectos emocionais e funcionais da interação com um produto ou serviço.

Design Thinking nas empresas

À medida que as empresas enfrentam a crescente complexidade, a tecnologia avançada e a influência generalizada da automação, as abordagens tradicionais de resolução de problemas muitas vezes revelam-se inadequadas. Os problemas que enfrentamos hoje exigem uma abordagem mais prática e criativa, que se aprofunde em soluções centradas no utilizador, compreendendo os pontos fracos dos utilizadores e inovando criativamente para enfrentar estes desafios de forma eficaz.

Assim, entra em cena o Design Thinking – uma metodologia que ganhou destaque como uma abordagem iterativa e centrada no usuário, com o objetivo de desenvolver soluções baseadas nas necessidades autênticas de pessoas reais. Embora as suas raízes estejam nas práticas de design, a sua adaptabilidade transcende os limites dos domínios específicos do design. Pode ser aplicado a qualquer área, oferecendo uma estrutura versátil para resolução de problemas que vai além das metodologias tradicionais.

Definindo Design Thinking

O Design Thinking, em sua essência, é um processo que se desenrola de forma iterativa, alicerçado na compreensão das reais necessidades de pessoas reais. Emergindo de uma confluência de práticas em design, arquitetura, engenharia e negócios, oferece uma abordagem versátil aplicável em diversos campos.

Na sua essência, Design Thinking é sinônimo de design centrado no ser humano, melhorando as experiências do utilizador em cada ponto de contacto e promovendo a criação de produtos e serviços que repercutem profundamente nos clientes.

Pensar como designer, incentivado pelo Design Thinking, transforma a forma como as organizações abordam o desenvolvimento de produtos, serviços, processos e estratégias. Alinha o que é desejável do ponto de vista do usuário com o que é tecnologicamente viável e economicamente viável.

A jornada começa com uma exploração das necessidades não atendidas ou não declaradas dos clientes, oferecendo uma perspectiva para melhorar os produtos ao compreender como os usuários interagem com eles em condições do mundo real.

O modelo de cinco fases

Embora existam vários modelos e estruturas para Design Thinking, o modelo de cinco fases amplamente aceito proposto por Stanford fornece uma abordagem estruturada e sistemática:

1. Empatia: Esta fase é dedicada a conhecer o usuário, entendendo seus desejos, necessidades e objetivos. Envolve observar e interagir com as pessoas a nível psicológico e emocional, proporcionando uma compreensão profunda dos usuários ao final desta fase.

2. Definir: O foco muda para a definição do problema. Ao enquadrar o problema de forma centrada no usuário, esta fase garante uma declaração clara do problema. Por exemplo, no contexto de uma empresa móvel, em vez de dizer “Precisamos…”, a abordagem é reformulada como “Os usuários móveis precisam…”.

3. Ideia: Esta fase envolve o uso de várias técnicas de ideação, desde brainstorming até mapeamento mental, para explorar novas opções e alternativas. Isso leva ao estreitamento de ideias para avançar.

4. Protótipo: A ênfase está na experimentação e na transformação de ideias em produtos tangíveis. Os protótipos são criados para incorporar potenciais soluções identificadas nas etapas anteriores, colocando cada solução à prova e destacando quaisquer restrições ou falhas.

5. Teste: A etapa final envolve o teste de protótipos. No entanto, este raramente é o fim do processo de Design Thinking. Os resultados geralmente levam de volta a uma etapa anterior, fornecendo insights para redefinir a definição original do problema ou gerar novas ideias – um processo iterativo.

Valor empresarial do Design Thinking

Integrar o Design Thinking nos processos vai além de garantir que os produtos sejam meramente desejáveis; garante que sejam viáveis dentro das restrições orçamentais e de recursos. O impacto do Design Thinking é multifacetado:

  • Promove a criatividade e a inovação: o Design Thinking incentiva o rompimento com métodos testados e comprovados, desafiando suposições e explorando soluções alternativas. Isso promove uma cultura de inovação que vai muito além da equipe de design.
  • Coloca os seres humanos em primeiro lugar: Ao enfatizar a empatia, o Design Thinking incentiva as empresas e organizações a considerarem as pessoas reais que utilizam os seus produtos e serviços. Isto resulta em experiências de usuário significativas, traduzindo-se em produtos melhores e mais úteis que melhoram genuinamente vidas.
  • Reduz significativamente o tempo de lançamento no mercado: Através de sua ênfase na resolução de problemas e na busca de soluções viáveis, o Design Thinking agiliza o processo de design e desenvolvimento, reduzindo significativamente o tempo gasto para levar produtos ao mercado.
  • Economia de custos e um ótimo ROI: A eficiência obtida ao lançar produtos de sucesso no mercado com mais rapidez se traduz em economia de custos. Isso, por sua vez, leva a um melhor retorno do investimento para o negócio.
  • Melhora a retenção e a fidelidade do cliente: O Design Thinking garante uma abordagem sustentada centrada no usuário, aumentando o envolvimento do usuário e, no longo prazo, melhorando a retenção e a fidelidade do cliente.